sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E PARA ONDE VÃO NOSSOS IMPOSTOS? ESTADO DO RIO DE JANEIRO FICA EM PENÚLTIMO LUGAR NO RANKING DA AVALIAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

O Estado do Rio de Janeiro que há 20 anos tinha o maior programa de educação pública do país, considerado modelo pela ONU, em 2009 só ficou na frente do Estado do Piauí (o estado mais pobre do país). Uma vergonha.

No último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), referente a 2009, as notas de rede estadual do Rio de Janeiro ficaram abaixo da média nacional em todos os ciclos. De primeira a quarta série, a média da rede estadual fluminense foi 4,0, contra 4,6 na média nacional. De quinta a oitava, foi 3,1 contra 4,0 no Brasil. No ensino médio, 2,8 contra 3,6.

O professor Túlio Paolino, diretor licenciado do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), afirma que “A explicação para o Rio ter ficado na penúltima colocação do Ideb pode ser resumida em três pontos: falta de investimentos na educação básica, falta de um planejamento pedagógico democrático que respeite a autonomia das escolas e a necessidade imediata de ampliação do horário de estudos de crianças e de adolescentes na rede pública”. Segundo o sindicato, o déficit de profissionais nas escolas públicas do Rio atinge a marca de dez mil pessoas.

Nesse mesmo ano o Estado do Rio de Janeiro comemorou novo recorde de arrecadação de receitas (ICMS, IPVA, ITD, Multas de Trânsito e outros) e o aumento dos investimentos por conta da Copa do Mundo e da Olimpíada. Para onde vão nossos impostos? Não é para educação, com certeza.

Segundo o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a qualidade da educação no Brasil é baixa, principalmente no ensino básico. O Brasil ficou em 85º lugar no ranking mundial da educação básica. E mesmo assim o Rio de Janeiro conseguiu ficar em penúltimo lugar...

A situação é grave e influi diretamente em nossas vidas, na violência familiar, nos índices crescentes de criminalidade, no aumento do uso de drogas, na degradação do meio ambiente, na falta de mão-de-obra qualificada, na alienação política do povo que leva a uma classe política cada vez mais alienada e sem compromisso.

Precisamos urgentemente transformar a educação básica em prioridade com uma rede pública de ensino de qualidade. E o modelo dos CIEPs foi o mais eficaz para a transformação do problema social em nosso país. Só assim teremos um desenvolvimento econômico sustentado, com respeito à natureza, segurança pública em nossas cidades, oportunidades para nossos filhos e, enfim, um povo com cidadania elegendo políticos com responsabilidade.

Todos pela educação e educação para todos!

Oscarino Arantes

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