domingo, 28 de setembro de 2014

Militares da Democracia (série, capítulo 5/5)

MILITARES DA DEMOCRACIA - As histórias dos militares que resistiram ao Golpe de 64, série dirigida por Silvio Tendler em 5 episódios, exibidos na TV Brasil entre 31 de março e 4 de abril de 2014.


Episódio 5: "A HISTÓRIA NÃO TEM PONTO FINAL..."


50 anos depois de partir de Brasília em condições dramáticas, o corpo de João Goulart retorna a capital da República pela mesma base aérea de onde partiu.

O episódio conta a história de militares que resistiram ao Golpe de Estado, de pessoas envolvidas na chamada Operação Condor e da Anistia, mostrando que os vencedores de ontem são os vencidos de hoje.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Militares da Democracia (série, capítulo 4/5)

MILITARES DA DEMOCRACIA - As histórias dos militares que resistiram ao Golpe de 64, série dirigida por Silvio Tendler em 5 episódios, exibidos na TV Brasil entre 31 de março e 4 de abril de 2014.




Episódio 4: "OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER"

A resistência de alguns setores das Forças Armadas continua mesmo depois do Golpe Militar. O Episódio discute a resistência armada e a dita resistência política, mostrando como alguns suboficiais subalternos foram o grande celeiro da luta armada.


Vemos, também, como o processo de tortura, praticado desde os primeiros momentos do Golpe de Estado, é intensificado pela Ditadura com o decorrer dos anos.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Militares da Democracia (série, capítulo 3/5)

MILITARES DA DEMOCRACIA - As histórias dos militares que resistiram ao Golpe de 64, série dirigida por Silvio Tendler em 5 episódios, exibidos na TV Brasil entre 31 de março e 4 de abril de 2014.



Episódio 3: "A HISTÓRIA DOS GOLPES MILITARES E AS HISTÓRIAS DOS MILITARES LEGALISTAS"

O 3º episódio começa com a participação da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na II Guerra Mundial e mostra como as diferentes forças políticas conviviam nas Forças Armadas. O episódio expõe que antes de 1964 as Forças Armadas não eram um monolito reacionário hegemônico.


Com a depuração das Forças Armadas ocorrida em 1964, alguns militares continuaram a resistência dentro e fora dos quartéis. Com isso, as famílias sofreram as consequências do engajamento dos militares legalistas.

sábado, 20 de setembro de 2014

Arquivo Dops: Brizola alertou no rádio contra 'golpe' e 'ditadura'



















Arquivo Dops: Brizola alertou no rádio contra 'golpe' e 'ditadura'

Gravação feita pela polícia política carioca, que monitorava os pronunciamentos que o ex-governador do Rio Grande do Sul fazia todas as noites por meio de modesta cadeia radiofônica encabeçada pela Rádio Mayrink Veiga.

O áudio foi guardado no arquivo secreto do antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) da Guanabara. Pronunciamento transmitido ao vivo ocorrido provavelmente em fevereiro de 1964:


Leonel Brizola, então deputado federal, alertou para a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil, semanas antes da deposição de seu correligionário e cunhado João Goulart. Brizola propunha a formação de comandos nacionalistas que ficariam conhecidos como “grupos dos 11″ para impedir o golpe, prometendo: “Vai ter luta''.
Mas Jango, temendo derramamento de sangue, preferiu não resistir em 1º de abril. Os golpistas venceram e Brizola teve que ir para o exílio.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Militares da Democracia (série, capítulo 2/5)

MILITARES DA DEMOCRACIA - As histórias dos militares que resistiram ao Golpe de 64, série dirigida por Silvio Tendler em 5 episódios, exibidos na TV Brasil entre 31 de março e 4 de abril de 2014.


Episódio 2: "O PRESIDENTE DECIDE NÃO RESISTIR"

Episódio narra o momento em que o Presidente João Goulart se reúne com chefes militares e o deputado Brizola, em Porto Alegre, para discutir a conveniência de resistir ao eminente Golpe de Estado. João Goulart manda cessar todos os atos de resistência e parte para São Borja.


O episódio discute, ainda, sob vários pontos de vista, a validade da resistência ou não ao Golpe Militar.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Militares da Democracia (série, capítulo 1/5)

MILITARES DA DEMOCRACIA - As histórias dos militares que resistiram ao Golpe de 64, série dirigida por Silvio Tendler em 5 episódios, exibidos na TV Brasil entre 31 de março e 4 de abril de 2014.



Episódio 1: "O DIA DO GOLPE"


Os antecedentes do Golpe Militar de 1964 narrados pelos que viveram os momentos de tensão decorridos entre 31 de março e 2 de abril, quando forças armadas provenientes de Minas Gerais se rebelaram contra o governo de João Goulart e o presidente parte para Porto Alegre.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

VÍDEO: 11th September - 09/11/2001 (11'09''01)



Houve outro 11 de setembro e foi em 1973 no Chile.

Onze diretores foram convidados para fazer um filme sobre a queda das torres gêmeas em 11 de setembro.
Essa é a brilhante contribuição de Ken Loach que traça um paralelo com um outro 11 de setembro, aquele de 1973 no Chile.



Robert Fisk: A mais nova provocação de Israel

Após arrasar Gaza, Telaviv quer construir colônia gigante de ocupação na Cisjordânia, desalojando palestinos e violando Direito internacional


Por Robert Fisk, The Independent | Tradução Vila Vudu

Visão de mundo? Israel rouba terras, os palestinos são roubados. Não há outra coisa para ver.

E assim mais uma fatia da terra palestina escorregou pelo ralo. Mais uns mil acres de terra palestina roubada pelo governo de Israel – porque… “apropriação” é roubo, não é? – e o mundo já apareceu com as desculpas de sempre.

Os norte-americanos acharam o roubo “contraproducente” para a paz, o que é reação bastante amena, se se considera o que os EUA diriam/fariam se o México roubasse 1.000 acres de terra do Texas e resolvesse construir casas ali para imigrantes mexicanos ilegais nos EUA.

Mas, não. Foi na ‘Palestina’ (país inexistente, daí as aspas simples). E Israel conseguiu safar-se, terras roubadas e tudo, embora o roubo alcance agora escala inusitada – foi a maior quantidade de roubo de terra em 30 anos, desde que foi assinado o Acordo de Oslo em 1993.

O aperto de mão Rabin-Arafat, as promessas e trocas de territórios e retiradas militares, e a determinação de deixar tudo de importante (Jerusalém, refugiados, o direito de retorno) para o fim, até que todos confiassem tanto uns nos outros que a coisa seria facílima… não surpreende que o mundo tenha feito descer sobre os dois sua generosidade financeira.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Helicoca - O helicóptero de 50 milhões de reais



Helicoca - O helicóptero de 50 milhões de reais

Diário do Centro do Mundo
Apresentação e reportagem: Joaquim de Carvalho
Direção e montagem: Alice Riff
Direção de fotografia: Otávio Dias
Supervisão: Kiko Nogueira

domingo, 7 de setembro de 2014

Dia da Pátria


A democracia encolhida

A vida é turbilhão e, na azáfama de cuidar das pequenas coisas, não nos damos conta de certos males que chegam com “pés de lã”, de mansinho. E tanto, que sequer reparamos. Aí, quando menos esperamos lá está, instalado, inamovível. Tarde demais! Por isso, há que estar vigilante.


Por Elaine Tavares

Outro dia vendo uma antiga palestra de Slavoj Zizek, tomei tento para uma pergunta que ele fazia: “que está havendo com a democracia?” E apontava para o fato de estar havendo uma perda real da substância da democracia – mesmo a formal, liberal – dando como exemplo o governo de Berlusconi, na Itália, autoritário e extremista. Pois aquilo me tocou: ele está certo! Por todos os lugares, mesmo a mais chula democracia liberal vem perdendo substância. Inclusive nos países ditos “progressistas” da América do Sul.

O que dizer da criminalização dos movimentos sociais que hoje existe no Equador? E a perda dos direitos individuais nos EUA? E no Brasil? Como entender a militarização estilo “robocop” no Rio de Janeiro? As UPPs? Ou a prisão preventiva de gente que “poderia” se insurgir contra a ordem? Como analisar o fato de que até o exército brasileiro terá uma divisão para investigar os movimentos populares? O protesto virou ameaça? Discordar dos governantes é caminho para as masmorras? De que sistema político estamos falando afinal?

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

DIREITO AO PRECONCEITO


Por Iremar Bronzeado

Há no ar uma demonização impositiva, contra o preconceito. Estabelece-se na gritaria midiática um verdadeiro dogma preconceituoso contra o preconceito, este traço psicológico universal e inseparável da pessoa humana e, portanto, um direito natural tão inalienável quanto o direito à vida e à busca da felicidade. Os carrascos do preconceito começam por querer criminalizar a quem, por exemplo, por motivos ideológicos, científicos, religiosos, ou de simples gosto pessoal, se opõem à generalização do homossexualismo como algo normal, bom e aceitável. Pelo andar da carruagem, daqui a pouco vão criminalizar até quem, por não gostar de coisas azedas, se recuse a chupar limão, sob a acusação de ser preconceituoso contra esta fruta tão saborosa e boa para a saúde. Ora, como tudo o que é humano, também o preconceito, não deixa de ter seu lado bom ao lado de seu lado mau, como verso e reverso de uma medalha. Ele é abominável quando usado para ferir a dignidade da pessoa humana a partir de características externas imutáveis do seu corpo físico ou de comportamentos compulsivos que não agridam a boa convivência, a sustentabilidade social e a liberdade dos outros. O homem não pode viver sem os preconceitos, pois eles são a própria garantia da convivência social, sem a qual se inviabiliza a vida humana. É a pré-conceituação dos membros do nosso grupo social como pessoas civilizadas, com os mesmos costumes e princípios morais, que nos permitem sair de casa para o trabalho em paz, sem medo de ser atacado, roubado ou assassinado, mesmo sem termos o exato e legítimo conceito de todas as pessoas que encontramos na rua. “O hábito não faz o monge, mas fá-lo parecer ao longe”, diz o ditado popular.

O preconceito é também um poderoso auxiliar no aperfeiçoamento, tanto do indivíduo quanto da sociedade. É o temor ao preconceito contra pessoas ignorantes e analfabetas que leva as pessoas à busca do saber e da sabedoria. Da mesma forma, o preconceito contra os desonestos induz à honestidade; o preconceito contra as drogas incita os drogados a procurarem a cura; o preconceito contra a homossexualidade (a homofobia) faz com que muitos homossexuais, mesmo sem conseguir dominar a compulsão de seu desvio, procurem não agredir acintosamente a maioria heterossexual (heterofobia), submetendo-se aos padrões por ela estabelecidos, e tentando não impor o seu comportamento minoritário como normal, aceitável, e mesmo, desejável.

O pior é que nessa celeuma amoral e anárquica do pós-modernismo fascistoide, confunde-se pré-conceito com discriminação social; esta sim, uma atitude injusta e inaceitável, condenada, tanto pelos códigos éticos e legais das nações civilizadas, como pelos mandamentos da comunidade cristã, que recomendam não se fazer acepção de pessoas e tratar a todos como cidadãos iguais perante a Lei, como se irmãos fossem. Isso, porém, não pode tirar o direito de alguém conceituar o sexo anal entre dois homens como um ato escabroso, sujo, malcheiroso, anormal e antinatural, que marca e degrada seus praticantes, tornando-os vítimas do justo preconceito por parte dos que vivem na majoritária heterossexualidade. Quem tiver os seus vícios antissociais e degradantes, que faça o sacrifício de os abandonar, ou os pratique discreta e isoladamente, como fazem hoje os fumantes, os drogados, os cleptomaníacos. O que não pode, o que não é aceitável, é que a maioria tenha que suportar as acintosas provocações dos que se entregaram a vícios aviltantes e socialmente insustentáveis. As marchas pela maconha, o desfile urbano de travestis, as passeatas gay, agridem e constrangem os que, com o sacrifício de suas tendências inatas, respeitam e acomodam-se aos ditames da normalidade.

Nenhuma lei, nenhuma autoridade, nenhum poder, pode tirar de qualquer cidadão o direito de ser preconceituoso contra o que ele bem entender. O que a lei e a ética podem vetar é a prática da discriminação, que pode ser considerada como uma indução degenerada do preconceito.


Fonte: portal100fronteiras.com.br


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Brasil: redefinir a política externa


Por Virgilio Arraes           

Ao chegar ao poder em janeiro de 2003, o governo Lula projetava, a princípio, a perspectiva de distanciamento das diretrizes neoliberais, executadas durante quase uma década com primor pela gestão antecessora, de matiz oficialmente socialdemocrata.

Contudo, isto não ocorreria, não obstante o fracasso da ideologia em todo o continente latino-americano, especialmente no México e, mais tarde, na Argentina. O Brasil mesmo, ao aplicá-la no alvorecer dos anos 90, passou por um dos momentos políticos mais difíceis da história republicana. A inédita destituição de um presidente, através de desgastante processo parlamentar, assinala bem aquele período.

Sem atentar para a própria história, os trabalhistas na presidência decidiram manter o conservadorismo e, desta maneira, não possibilitaram viabilizar segmentos da administração com norte progressista, a não ser na forma de prestidigitação perante o esperançoso eleitorado.

Nesse sentido, um dos setores governamentais onde se poderia enevoar aos olhos da opinião pública a ideologia neoliberal, fincada e aceita com surpreendente acolhida pelo trabalhismo, seria a política externa.

Ela seria de modo ilusório o contrapeso à política econômica. À população local, caberia a convivência com a sacrificante ortodoxia executada pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, ao passo que restaria aos estrangeiros o contato com a heterodoxia na prática incorpórea efetuada pelo Ministério das Relações Exteriores de um novo país.

Como consequência da representação da imagem no exterior de um Brasil distinto do real, haveria um reflexo interno com efeitos entorpecedores na sociedade, notadamente na classe média: a desfocada percepção de que o país obtinha mais e mais respeito entre as grandes potências.

A materialização disso se representaria de dois modos, via: o exercício de uma diplomacia de caráter lúdico, voltada a transformar o Brasil de maneira gradativa de arena esportiva regional – XV Jogos Pan-Americanos de julho de 2007 – a mundial – Copa do Mundo de julho de 2014 e Jogos Olímpicos de julho de 2016.

Se bem planejadas e executadas, as três competições atrairiam a atenção de todo o globo e proporcionariam ao Brasil incremento econômico duradouro, através do turismo, por exemplo, e publicidade positiva.

Contudo, encerradas as duas fases do percurso esportivo, o balanço não é favorável, em vista dos altos custos e do descaso governamental com a infraestrutura de que se poderia beneficiar a maioria da população como o transporte ferroviário e metroviário;

Em segundo lugar, a laboração contínua destinada a obter um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Malgrado faltarem ao país condições militares, econômicas e culturais, a aspiração tornou-se uma obsessão. Se atingida, seria naturalmente o ápice da atuação internacional do poder Executivo.

No entanto, as demais potências não vislumbram a necessidade de viabilizar o pleito do governo. Na visita cancelada aos Estados Unidos, o Brasil pretendia solicitar o apoio ao seu ingresso no Conselho de Segurança em hipotética reforma onusiana, uma vez que Washington havia reconhecido isto a Nova Déli em 2010.

Na recente Cúpula dos BRICS, Brasília novamente se frustrou, ao não lograr de forma aberta a consideração dos demais membros na defesa de uma nova composição do Conselho de Segurança, dado que há restrições atuais à ampliação por parte de Moscou e de Pequim.

Ante o quadro, o Brasil deveria centrar-se a partir de 2015 em iniciativas de alcance regional, onde as possibilidades de liderança lhe seriam mais favoráveis e, destarte, lhe assegurariam melhores condições de desenvoltura para sua projeção.


Virgílio Arraes é doutor em História das Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e professor colaborador do Instituto de Relações Internacionais da mesma instituição.


Fonte: Correio da Cidadania