segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cabral-Dirceu e o escândalo na desapropriação da Refinaria de Manguinhos


Grupo capitaneado por Marcelo Sereno, braço direito de José Dirceu na Casa Civil, comprou em 2008 a Refinaria de Manguinhos (RJ) por R$ 7 milhões e agora vai receber quase 30 vezes esse valor na desapropriação da área que o governo Cabral anunciou.



O incrível golpe da Refinaria de Manguinhos, que liga José Dirceu e Sérgio Cabral



Fico espantado em ver que pessoas que possuem discernimento, senso crítico, consciência política, postam-se em defesa do Zé Dirceu, o chefe da quadrilha que assaltava os cofres públicos!
Impressionante assistir e ler as tentativas de minimizarem a importância do julgamento que condenou o meliante e seus cúmplices e, mesmo assim, os sectários petistas não desistem de seus desserviços à Nação brasileira criando versões fantasiosas sobre o caso, agora enfatizando como “espetáculo midiático” a tarefa dos ministros do Supremo neste processo que merece o destaque que o acompanha!
Se é assim, trago à Tribuna uma notícia que circula pela Internet sobre mais um golpe do Zé Dirceu contra o País! Aos equivocados defensores do Zé Dirceu, o corrupto chefe de quadrilha, quero registrar esta informação muito importante e que vai deixá-los muito confusos, espero.
Certamente alguns sectários que ainda possuem resquícios de decência deverão abandonar esta proteção incondicional ao meliante ex-ministro da Casa Civil, imagino, pelo menos.
O assunto é muito grave, portanto, e retrata mais uma faceta do mau caráter deste indivíduo que está riquíssimo com as negociatas que a sua função lhe propiciou, e ainda tem o caradurismo de se dizer “inocente” com relação às provas que abundam o mensalão.
O tema é a Refinaria de Manguinhos, vulgarmente conhecida como a Lavanderia de Zé Dirceu, Marcelo Sereno e deste pústula que governa o Rio, Sérgio Cabral! Há quatro anos, o braço direito de Zé Dirceu, Marcelo Sereno, adquiriu na bacia das almas a Refinaria de Manguinhos. A refinaria que pertencia ao grupo Peixoto de Castro estava falida e tentavam vendê-la a qualquer preço.
Agora, o “desgovernador” Sergio Cabral anunciou a desapropriação da refinaria entre 170 e 200 milhões de reais, na maior operação de lavagem de dinheiro nunca antes vista no Brasil!
O grupo integrado por José Dirceu e  Marcelo Sereno comprou a refinaria por R$ 7 milhões e a desapropriação custará quase TRINTA VEZES  o valor da aquisição, em menos de quatro anos!!!
Um pequeno lucro que as benesses do poder concederam ao ex-chefe da Casa Civil, que ele entendia como sua, lógico!
Com a palavra os defensores do mensalão e, especialmente, do quadrilheiro Zé Dirceu e sua mente diabólica para enganar incautos e incultos brasileiros que ele é um homem “íntegro”!
Ele “integra” bandos de criminosos e ladrões e efetivamente não é uma pessoa confiável!
 


Folha de S.Paulo



Petista dirige grupo que comprou refinaria de petróleo de Manguinhos


ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
(Em 27/12/2008)

O ex-secretário Nacional de Comunicação do PT Marcelo Sereno comanda
a recém-criada Grandiflorum Participações, que há dez dias comprou o
controle acionário da refinaria de petróleo de Manguinhos.
Os grupos Repsol e Peixoto de Castro, que controlavam a refinaria,
venderam o controle acionário da empresa por R$ 7 milhões. Ela deve R$
40 milhões a bancos e fechou o primeiro semestre com prejuízo de R$ 17
mi. Os novos proprietários anunciaram que contratarão 400 empregados
-hoje ela tem menos de 100-- para retomar a atividade de refino.
Sereno foi braço direito do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e
deixou a direção nacional do PT em 2005, acusado de envolvimento no
mensalão. Consta que, desde então, dava consultorias na área sindical.
O nome dele aparece no banco de dados da Serasa como acionista da
Grandiflorum ao lado do empresário João Manuel Magro, do grupo Magro,
dono de distribuidoras e postos de combustíveis. Procurado pela Folha,
Sereno negou ser sócio da Grandiflorum e disse que seu papel se
restringe ao de principal executivo da empresa. Ele deu a declaração
por intermédio de um assessor, e disse não ser hora de dar entrevista
sobre a compra da refinaria.
O grupo Magro também negou que o ex-dirigente do PT tenha participação
acionária na nova controladora da Refinaria de Manguinhos e disse que
a empresa pertence a João Manuel Magro e à Ampar Fomento Mercantil,
também da família Magro. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) disse
que ainda não recebeu informações sobre quem são os novos
controladores da refinaria.
Segundo o grupo Magro, Sereno foi escolhido para presidir a empresa
por sua experiência no setor público, por sua atuação sindical e
conhecimento da economia do Rio: "A experiência do sr. Sereno no
movimento sindical ajudará a refinaria na busca de retomada das
operações de refino, que deverá gerar a recontratação de mais de 400
empregados. E o sr. Sereno será o responsável pela negociação junto ao
sindicato nesse processo de recontratação".
A Grandiflorum foi registrada em setembro, com endereço de um
escritório de contabilidade no Rio. Sereno assumiu a presidência da
Glandiflorum em 28 de novembro, 20 dias antes do anúncio da
comunicação da compra da refinaria à Bovespa. Na ata da posse de
Sereno enviada à Junta Comercial consta que ele e o acionista
majoritário da companhia terão remuneração simbólica --de até R$ 9.069
ao ano. Para presidir a holding, Sereno recebe R$ 830 por mês, menos
de dois salários mínimos.

ICMS
A presença do petista na negociação de Manguinhos chama a atenção não
apenas por sua trajetória política e pela passagem pelo Planalto, mas
principalmente por sua atuação como secretário de Governo do Rio de
Janeiro em 2002 sob Benedita da Silva (PT).
Em setembro de 2002, o Estado baixou uma resolução que desencadeou
uma guerra fiscal em torno do recolhimento do ICMS sobre o álcool
anidro misturado à gasolina.
Tradicionalmente, cabe às refinarias o recolhimento do tributo, mas a
resolução permitiu que as distribuidoras adquirissem gasolina das
refinarias no Estado do Rio de Janeiro sem o recolhimento do ICMS.
A primeira empresa a se beneficiar da medida foi a Inca Combustíveis.
Ela recebeu o termo de autorização do governo do Estado três dias
depois de a resolução ter sido publicada no "Diário Oficial". O
advogado da empresa era Ricardo Magro, filho de João Manuel Magro, e
também empresário de distribuição de combustíveis.
O governo de São Paulo queixou-se de que a resolução aprovada por
Benedita abrira espaço para que distribuidoras comprassem gasolina no
Rio e a revendessem em São Paulo com sonegação de imposto de R$ 600
milhões. Uma das empresas acusadas pelo governo paulista era a Inca.
Segundo Ricardo Magro, a Justiça inocentou a empresa da acusação.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u483694.shtml