A organização não governamental Save the Children Fund
alertou que, nos últimos dois dias, uma criança palestina morre por hora em
Gaza. Em comunicado, a ONG pediu à comunidade internacional uma “resposta
inequívoca para deter este derramamento de sangue”
Por Esquerda.net. Artigo publicado no Clarín.
Duas semanas depois do
começo da ofensiva militar israelense, pelo menos 70 mil crianças da Faixa de
Gaza viram-se obrigadas a abandonar as suas habitações com as famílias,
assegurou a ONG, citada pela Europa Press.
Além disso, a Save de
Children Fund indicou que 116 mil é o número de crianças que necessita de
“apoio psicossocial especializado imediato” na Faixa de Gaza. Em Israel, as
crianças também sofrem com as consequências desta situação “enfrentando, no dia
a dia, o terror do lançamento de torpedos”.
A equipe da Save the
Children em Gaza está trabalhando nas zonas mais castigadas pelos ataques com o
objetivo de proporcionar ajuda médica e auxiliar as famílias deslocadas com
colchões, materiais para proteção, kits de higiene e materiais para o cuidado
dos bebés, advertindo que “o nível de necessidades é assustador”.
Os médicos alertaram
que os partos prematuros estão duplicando, assinalou a ONG. “Vimos muitos
partos prematuros como resultado do medo e dos problemas psicológicos causados
pela ofensiva militar” (israelita), explicou Yousif Al Swaiti, diretor do
hospital Al Awda com o qual trabalha a Save the Children.
A ONG informou que os
recém-nascidos são um setor muito vulnerável e assegura que a comida para os
bebês é “extremamente escassa”, o que coloca as mães numa situação de enorme
estresse.
São já 121 as crianças
mortas, em Gaza, pela ofensiva israelense. ”O número de partos prematuros
duplicou, comparado com os que havia antes da escalada de violência”,
esclareceu o médico. “Perdem-se anos de trabalho com cada explosão”, assegurou
um dos ativistas da Save the Children, David Hassell. “Nunca existirá
justificativa para o ataque a escolas e hospitais, quando muitos civis não têm
para onde ir. Nenhuma das partes deveria usar estas instalações para fins
militares”, disse.
A ONG pediu à
comunidade internacional que “responda a esta guerra contra as crianças
exercendo toda a sua influência diplomática para pôr fim imediato ao
derramamento de sangue”. “Se a comunidade internacional não atua já, a guerra
contra as crianças, em Gaza, pesará sobre as nossas consciências para sempre”,
concluiu.
* Leia mais aqui.
Tradução: António José
André
Fonte: Revista Fórum
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